Diário:
Tatiana, 8º A
Hoje fiz algo memorável...nunca pensei que chegasse este dia. Estava uma horrível tempestade, onde o meu barco só não virou porque estive com o pensamento focado no meu objectivo: chegar à Austrália.
Já estava no mar há mais de 32 horas sustentado a " pão e água", quando um marinheiro do meu barco gritou ofegantemente " terra à vista". toda a gente saiu dos porões para o comprovar. Todos tiveram a certeza que o podiam ver. Era maravilhosa...tinha grandes árvores, uma praia e areia branca com pequenos ouriços do mar presos às rochas pretas e molhadas pela água cristalina e salgada do mar.
De repente, as nuvens afastaram-se para o Sol aparecer ( parecia uma visita inesperada do rei). Era o paraíso. Quando desembarcámos e descemos alegres do barco, ouvimos um cântico. O cântico mais bonito que alguma vez podia ter imaginado. Virámo-nos suavemente e olhámos para o mar com um ar de desconfiança e ao mesmo tempo de maravilhamento. Havia um vulto que brilhava constantemente ofuscando os olhos de todos. Quando nos conseguimos afastar daquela luz intensa, apercebemo-nos que estávamos perante uma bela seria de olhos azuis como o mar e cabelo castanho como a terra. Ondulados, estes esvoaçavam com a brisa do oceano. Não tínhamos a certeza que era seguro, por isso, avancei e disse decididamente: " apresenta-te à linda mulher".
Desde esse instante, parecia que a minha memória era como as folhas caídas no Outono, as quais levantam com o vento.
Acordei em minha casa. Sim, Vig. Pareceu increditável. Os meus homens contaram-me que estive doente e a alucinar durante 10 dias. Fiquei incomodado, mas não me importei muito, pois, afinal, estava em casa com os meus pais, estes tinham perdoado a inha fuga. prometi a mim mesmo que nunca mais ia deixar a minha querida terra. Em breve quero casar. Mas nunca se sabe...
Tatiana, 8º A