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domingo, 22 de novembro de 2015

"Ridendo Castigat Mores"


       A comédia é uma excelente forma de criticar a sociedade, Faz-nos rir e, ao mesmo tempo, refletir sobre a forma como vivemos.
      Hoje em dia, há quem faça disso uma carreira. Pessoas, como Ricardo Araújo Pereira, usam a comédia para criticar os políticos e a forma como governam, mas este método foi usado há mais de 500 anos.
     Embora se saiba pouco sobre Gil Vicente, sabe-se que era um dramaturgo que escrevia peças de teatro para apresentar na corte. Gil Vicente usava as suas peças para criticar a sociedade. A sua obra mais conhecida, " Auto da Barca do Inferno", é prova disso. Ninguém escapa às críticas de Gil Vicente nessa peça, desde o mais poderoso  fidalgo até ao hilariante frade, usando o dramaturgo vários tipos de cómico: o de carácter, o de linguagem e o de situação para provocar o riso nos telespectadores,vendo-se muitos dos quais retratados, através das diversas personagens - tipo.
      Na minha opinião, Gil Vicente teve uma atitude corajosa, pois a sua crítica podia ter-lhe causado muitos dissabores, mas acabara por ser aceite graças  ao grande efeito cómico. 
       Gil Vicente foi um excelente escritor satírico, sendo considerado o "pai" do teatro português e a grande prova disso é que a sua obra ainda hoje é lida, dramatizada e provoca grandes momentos de diversão.

F A  9º B




    Gil Vicente, a pedido da rainha Dª Leonor escreveu esta peça, onde, de uma forma cómica, demonstra os pecados da sua sociedade. 
      No meu ponto de vista, Gil Vicente  foi muito inteligente, pois criticava, precisamente o seu público ,mas de uma maneira cómica, não sendo, assim, levado a mal. Para isso, usou vários tipos de cómico: o cómico de situação, por exemplo, em que as circunstâncias em que as personagens se encontram provocam o riso, na medida em que são expostas ao ridículo;  o cómico de carácter, em que a maneira de ser  das personagens é bastante engraçada e o cómico de linguagem, decorrente de situações constrangedoras para algumas personagens, as quais, não conseguindo o que pretende, se transfiguram e utilizam um discurso popular/calão.
     Tudo isto passa-se à volta de personagens-tipo, ou seja, cada personagem , surge em representação de um grupo,  assumindo os seus vícios.
   Por tudo acima referido, concluo que Gil Vicente teve como objetivo moralizar a sociedade daquela época para que muitos dos pecados apontados fossem  corrigidos e adotadas outras atitudes, de forma a que a sociedade se tornasse mais justa. Daí o  grande carácter moralizante deste auto.

D T, 9º B