Erik
Weihenmayer, o primeiro alpinista cego a chegar ao cume do Evereste, conta-nos
um pouco da sua vida e mostra-nos que, mesmo limitado, conseguiu fazer um grande
feito.
Repórter: -Como
conseguiu escalar a montanha?
Erik: -Tinha
homens guias a orientar-me.
Repórter: -É
cego de nascença?
Erik: -Não.Detetaram-me
um problema nas retinas, e aos 13 anos fiquei cego.
Repórter: -Ter
uma deficiência visual não lhe afetou a vida?
Erik: -Não. Até porque fiquei em 2º lugar num concurso de
Wrestling, onde era o único cego; sou concorrente assíduo em maratonas e já fiz
mais de 50 saltos de paraquedas.
Repórter: -Como
fica quando o questionam sobre a razão de chegar lá acima e não poder ver nada?
Erik: -Eu
canso-me, porque não se escala uma montanha pela vista. Ninguém sofre o que
sofre numa escalada para ter uma bonita vista. A verdadeira beleza da vida
acontece nos lados da montanha e não no topo.
Repórter: -Perder
a visão foi o pior momento da sua vida?
Erik: -Não.
O pior foi a morte da minha mãe.
Repórter: Alguém
o incentivou a escalar a montanha?
Erik: -Sim.
O meu pai incentivou-me muito a praticar desportos e impulsionou-me a escalar a
montanha.
Repórter: Já
chegou ao topo de mais alguma montanha?
Erik: -Sim.
O McKinley; o Aconcágua; o Vinson e o Kilimanjaro.
Este foi um
momento de partilha de recordações que fizeram de Erik Weihenmayer o primeiro
alpinista cego a chegar ao topo do Evereste.
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