Reino desconhecido, 17 de outubro de 1710
Minha querida esposa,
É com muito carinho, tristeza e fé que escrevo esta carta nos meus últimos momentos de vida. Provavelmente, quando leres esta carta já não estarei vivo. Esta serve para te alertar e te prevenir do meu irmão bastardo, pois foi ele que provocara esta batalha em terras desconhecidas. Estava eu e os meus soldados prestes a iniciar a batalha, quando o avistei, à frente do exército inimigo. Nessa mesma altura calculei o que se previra e foi, então, que ordenei ao meu mais fiel soldado que comandasse na minha ausência, usando a minha espada como se fosse a minha vida que lhe confiasse. Estou aqui, à beira de um grande rio a escrever esta carta para que te previnas do meu irmão, pois o seu objetivo é matar-me , assim como ao nosso filho. Protege o herdeiro, o futuro Rei.
Quanto à aia, não te esqueças de a recompensar, demonstrando-lhe toda a nossa gratidãoO teu amado Rei
Terras distantes, 28 de agosto de 1460
Minha querida rainha,
Escrevo esta carta para me despedir de ti e do meu querido filho. Um escravo acordou-me esta manhã, avisando-me da chegada de uma carta ao castelo. Era do chefe de um dos nossos batalhões, pedindo o meu auxílio, pois tinham sido atacados pelo exército do meu bastado irmão.
Sei que ficas muito triste e alarmada sempre que parto para a guerra e dizes-me sempre que devia de ficar a tomar conta do nosso querido filho, mas eu, como rei deste grandioso reino, tenho de lutar ao lado dos nossos homens contra o inimigo.
Peço-te, se não voltar, que protejas o nosso filho, porque será ele o herdeiro do reino e, certamente, o meu horrível irmão irá invadir o castelo e tentará tirar a sua vida.
Quero ainda que, ao acabares de ler esta carta, olhes para o cenário criado pela amada Mãe natureza e que repares nos pequenos pormenores: nas abelhas a pousar nas flores, nos coelhos a saltitar nos imensos campos por mim conquistados e penses no meu imenso amor por ti.
Espero voltar dentro de alguns meses
Com todo o amor,
Teu Rei