21 de outubro
Querido diário,
Não sei como sobrevivi. Quando acordei,
estava cheio de ferimentos e lesões do naufrágio.
Acordei numa ilha deserta, apenas com
vegetação e animais. Um coco embateu-me na cabeça, onde tinha uma cicatriz a
abrir. Abri os meus olhos e exclamei: «Está aí alguém?» Apenas o silêncio
respondeu. Senti-me desesperado. Corri na areia fina e branca à procura de
vestígios de alguém. Apenas encontrei o lugar onde tinha dormido e as minhas
próprias pegadas.
Decidi entrar na densa vegetação. Má ideia,
porque fiquei com alergias de algumas plantas e com mordias de alguns animais e
insetos.
De repente, ouvi um barulho de uma buzina.
Corri até à praia e, lá bem ao longe, avistei um barco. Comecei a fazer sinais,
esbaforido. Sem sucesso.
Subitamente, fez-se luz: porque não fazer
fogo? Tentei encontrar um pau e uma pedra, mas, naquela areia, não iria
encontrar isso.
Entrei naquele mar verde de arbustos e
árvores à procura de algo que desse para fazer fogo. Apenas encontrei uma
pedra, muito escondida entre os arbustos.
Tentei subir às árvores, mas as formigas
mordiam-me e faziam-me cócegas nas mãos.
Gastei as minhas últimas energias a tentar
arrancar um pau dos arbustos, mas havia demasiados espinhos para eu puxar.
Senti-me desesperado. Não encontrei nenhum
pau. Pensava que já não havia hipóteses de ir para casa…
Anoiteceu e eu estava cheio de fome. Então decidi
comer algumas bagas. Penso que não eram venenosas. Se forem, deverei estar
morto amanhã.
B S 7º B
Querido diário,
Este é o 36º dia desde que estou na ilha.
Já aprendi muitas coisas, só não sei se existem animais por aqui.
Até agora, só vi cocos, bananas e peixes. É com isso que tenho sobrevivido.Estou na terceira fase da minha "Casa", mas não me recordo do plano pois o mar apagou tudo. Sinto saudades de Portugal, da minha família e tudo o resto.
Desde que aqui estou, apenas vi navios já muito longe que de certo não conseguiriam ouvir-me,mas passando a outro assunto...
Como sobreviver numa ilha deserta com coqueiros e bananeiras?
Quando aqui cheguei estava perdida, mas logo me fui habituando ás noites geladas na areia fina e amarela da ilha.Passei os dias a tentar abrir os cocos, só depois me apercebi que havia pedras especificas para os abrir. No entanto, é caso para dizer "Não me vou alimentar apenas de bananas, cocos e frutos", principalmente porque, não sabia se podiam ser venenosos.Nestes momentos fazia falta um guia turístico.
Comecei, então, a construir a 1ª fase da minha "casa" com madeiras perdidas por aí e folhas. Já estaria terminada, se um certo "alguém" não tivesse levado uma folha do telhado!
"Maldita gaivota", pensei.Mas, para o meu espanto, comecei a vê-la dar a volta e atirou a folha para a minha cabeça.Segundos depois começou a chover, e então, corri para dentro da cabaninha.
Agora, estou a escrever como sobrevivi.
IM 7º A