5 de julho de 1919
Querido diário,
Como é hábito, ao longo desta viagem, hoje, sem excepção, vou contar-te as minhas aventuras e tudo o que tenho vivido.
De manhã tive muita sorte, pois fiquei a dormir até às 10 horas, quando me devia ter levantado às 6 e meia. Um companheiro de bordo apercebeu-se dessa situação e atirou-me com um balde de água gelada. Foi remédio santo, porque me levantei de um salto. Depois desta peripécia, continuei o meu trabalho no navio como grumete.
Horas depois, o navio chegou a uma terra, onde iria ficar cinco dias.. Eu estava cheio de curiosidade, porque, desde que tinha embarcado no navio, era a primeira vez que íamos a terra. O capitão do navio foi falar com o rei da cidade para este lhe conceder autorização para o navio ficar atracado no porto e deixar os marinheiros explorarem aquele lugar. Uns trocaram alguns produtos com os comerciantes locais; outros, como eu, foram descobrir os encantos daquela cidade. Fui sozinho, porque ainda só estou no navio há um mês e não conheço bem a tripulação.
Este local era espetacular. Tinha uma praia com uma areia branca e fina, com muitas conchas. O mar tinha um azul claro e a água era pura e muito fresca e tinha também havia uma extensa floresta com grandes árvores, que faziam uma sombra muito agradável. Foi na sombra de uma dessas árvores que me sentei a descansar. Pensei na minha família e nas saudades que tenho dela. No entanto ,aguento essa falta dizendo para mim mesmo que um dia regressarei a Vig como capitão de um navio.
À noite, tivemos um churrasco na prais e contámos histórias à volta da fogueira.
D, 8º B
Alto mar, 5 de junho de 1868
Caro diário,
Quero partilhar contigo todas as maravilhas que tenho vivido, ao longo desta viagem. Já percorri meio mundo, conhecendo povos e terras bastante diferentes do lugar onde nasci.
É no mar que consigo sonhar e idealizar uma vida cheia de alegrias e triunfos. No mar sinto também uma satisfação inexplicável e uma certa adrenalina. Ultimamente, o mar tem estado controverso, devido às grandes tempestades, mas até gosto da sensação. Já naveguei por vários continentes, desde o continente africano ao europeu e asiático. O continente africano fascinou-me imenso, devido à grande alegria que o povo sente, mesmo com poucos recursos à sua volta. A terra avermelhada, o sol tórrido e as árvores de fruta (que proporcionam um ambiente de festa) e, claro, o povo sorridente são algo encantador de se ver. Mas, a Europa tem, na minha opinião, algo de familiar, especialmente, um país junto ao mar com paisagens esverdeadas, mulheres vestidas com cores vivas e crianças que brincam junto ao mar.
A minha viagem está a chegar ao fim e vou sentir saudades de todas estas maravilhas. O mar leva-nos a locais incrivelmente estupendos e graciosos, mas também nos leva à solidão e é a ti, meu diário, que relato todas as minhas experiências. Agora tenho de ir para poder descansar, pois amanhã é mais um novo e grande dia de aventura.
C, 8º B