Tudo levas e tudo trazes, tudo curas da mais pequena, mágoa, da mais pequena ofensa, da mais pequena ferida, à imensa...
Tu, que estás sempre presente, tu, fiel amigo, nunca nos abandonas, tu, que não te importas, com a tristeza, com a alegria, tu com a tua frieza, com o teu alheamento, com a tua inocência, com o teu gelo...
Mas, no meio de tudo isto , está certo... Por mais que doa, por mais sofrimento, por mais... Enfim...a vida continua...
És um bom remédio, és um bom calmante, és um bom relaxante, um bom anestesiante...
Por esses caminhos cheios de espinhos, tortuosos, cheios de água, lama, imundos, nunca disseste não, nunca disseste nada, nunca mostraste arrependimento, a tua cabeça nunca tombou, nunca...
" Ó tempo, volta para trás"...
Como é bom recordar o passado, como é bom voltar aos tempos antigos, mas porque será??, o tempo recordado nos maus e bons momentos, nas alegrias e tristezas...
Relembrar os tempos de criança, de como corrias, de como saltavas, de como brincavas, de como te divertias, sem o tempo passar por ti...
Mas...estás enganado, porque o tempo passava, mais devagar é certo mas...passava...
Mais suavemente, despercebido, sim, talvez, mas...passava...
Oh ...tempo...quantas interrogações, quantas recordações, quantas saudações, mas quantas...saudades, ti deixaste, deixas e deixarás, mas serás, sempre tempo...
António Manuel Reino Bicho, Amora
Texto lido por uma aluna do 8º A , na semana da leitura